Blim, blom. De mel, de melão. Beijo que começa na bochecha e vira um abraço de cambalhota. Cuida com meu coração, ficou grande, grande, grande: não vai pisar. Corre aqui e me diz tudo em silabinhas de solavanco com moldura de dentes mínimos. Corre aqui só pra rir e limpar o nariz na minha calça, na altura dos joelhos. Digo que te amo e você AMAOU. Digo que você é perfeita e você me pede para pintar, sai riscando no papel das nossas vidas e deixa tudo assim assado, sem cima nem baixo, só bonito e de verdade. Pra que esses olhos tão grandes, filhotinha? Para não perder nem um pedacinho de nada, mamãezinha. Não perde porque é desperdício. Junta tudo e vai, filha. Lá pra cima, lá para o alto, feito purpurina dos fogos de artifício. Espalha alegria e sobe. Enquanto isso meu amor engrossa feito mingau para bebê dodói. E te amo porque te fiz. E porque você me faz assim feliz.
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